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RAIMUNDO FAGNER

28 de novembro de 2015 | 0 comentários


Cearense de Orós, aos 5 anos ganhou um concurso infantil na rádio local. Na adolescência formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas.
Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua e de Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra.
Mudou-se para Brasília em 1971, classificando-se em primeiro lugar no Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (com Belchior). Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "Asa Branca".
O primeiro LP, "Manera, Fru-fru, Manera", veio em 1973 pela Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles. Mais tarde fez a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto.
De volta ao Brasil, lança outros LPs na segunda metade dos anos 70, combinando um repertório romântico a partir de "Raimundo Fagner", de 1976, com a linha nordestina de seu trabalho. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola.
Outros trabalhos, como "Orós", disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial.

Nas décadas de 80 e 90 seus discos se dividem entre o romântico e o nordestino, incluindo canções em trilhas de novelas e tornando Fagner um cantor conhecido em todo o país, intérprete e compositor de enormes sucessos, como "Ave Noturna" (com Cacá Diegues), "Astro Vagabundo" (com Fausto Lindo), "Última Mentira" (com Capinam), "Asa Partida" (com Abel Silva), "Corda de Aço" (com Clodô), "Cavalo Ferro" (com Ricardo Bezerra), "Fracassos", "Revelação" (Clodô/ Clésio) "Pensamento", "Guerreiro Menino" (Gonzaguinha), "Deslizes" (Sullivan/ Massadas) e "Borbulhas de Amor".
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OS INCRIVEIS

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Foi um conjunto brasileiro de rock e pop dos 60 e 70, formada em São Paulo pelos músicos: Domingos Orlando, o “Mingo”; Waldemar Mozena, o “Risonho”; Antônio Rosas Seixas, o “Manito”; Luiz Franco Thomaz, o “Netinho” e Demerval Teixeira Rodrigues, o “Neno” que posteriormente em 1965 foi substituído por Lívio Benvenuti Júnior, “Nenê”.
Inicialmente, a banda chamava-se The Clevers e, em seus shows, tocavam principalmente twist (ritmo que teve origem no rock and roll e jazz. A dança se expandiu dos EUA foi para outros países, inclusive o Brasil. Este gênero musical foi grande moda no início da década de 60.
Em 1965, o grupo alterou o nome após romper com o empresário Antonio Aguilar, que era o dono da marca The Clevers com a mudança do nome do grupo passou a se chamar “Os Incríveis”. Mas o sucesso nacional só veio durante o período da Jovem Guarda em 1968 logo que gravariam as canções, "Era um Garoto Que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones; O Milionário; "O Vagamundo", Israel e Eu Te Amo, Meu Brasil, sendo esta última uma canção de exaltação ufanista da pátria brasileira, muito utilizada durante o governo militar do general Médici.
Em 1973, o Netinho dos Incríveis, formaria outra Banda “Casa das Máquinas” que passaria a fazer shows de rock por todo Brasil, chegando a gravar quatro discos (LP) 1974 – Casa das Máquinas – 1975 – Lar de Maravilhas – 1976 – Casa do Rock – 1978 – Ao Vivo em Santos.
Outro integrante do grupo Os Incríveis que deixaria a banda era, o Manito (Tecladista e Saxofonista), que passaria a formar o grupo de rock progressivo, "Som Nosso de Cada Dia". Mas ambos não foram muito longe com seus projetos. Em dezembro de 2003 a banda retomou para fazer uma única apresentação na cidade de Matão, interior de São Paulo, e a resposta do público foi melhor que a banda esperava. Então Os Incríveis voltariam a se reunir em 2005 e 2007 fazendo shows em algumas ocasiões especiais.
O retorno concretizou-se somente no final de 2007, para preparar um novo álbum lançado em 2008 para comemorar 30 anos de carreira. Além de canções inéditas dando sequência à carreira, fizeram também algumas regravações com novos arranjos.
MÚSICOS VIVOS E FALECIDOS:
·  Domingos Orlando, apelidado de Mingo (Voz e Guitarra).
   Faleceu em 15 de junho de 1995, aos 52 anos.
·   Waldemar Mozema, apelidado de Risonho (Guitarra).
·    Antônio Rosas Seixas, apelidado de Manito (Teclados, Vocal e Sax)
   Faleceu em 9 de setembro de 2011, aos 68 anos.
·   Luiz Franco Thomaz, apelidado de Netinho (Bateria).

·   Demerval Teixeira Rodrigues, a pelidado de Neno (Baixo). Substituído por  Lívio Benvenuti Júnior, apelidado de Nenê (Baixo). Faleceu em 30 de janeiro de 2013, aos 65 anos.
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RENATO E SEUS BLUE CAPS

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Grupo formado no início dos anos 60 pelos irmãos Renato, Edson e Paulo Cesar, jovens moradores do bairro da Piedade, no Rio de Janeiro, com o nome Bacaninhas do Rock da Piedade. O primeiro nome foi censurado e o radialista Jair de Taumaturgo sugeriu o nome definitivo, inspirado no conjunto norte-americano Gene Vincent And His Blue Caps. Tocaram no rádio e em programas de televisão, como Os Brotos Comandam, da TV Rio, apresentado por Carlos Imperial. Gravaram o primeiro compacto em 1962 e se notabilizaram principalmente pelas versões que faziam de músicas americanas, como "Menina Linda", versão de "I Should Have Known Better", "Até o Fim", versão de You Won't See Me" (ambas de Lennon/ McCartney) e "Escândalo", versão de "Shame And Scandal In The Family" (Donaldson/ Brown). Já em 1963 Edson saiu do grupo e iniciou carreira solo com o nome Ed Wilson. Foi substituído por Erasmo Carlos, que teve uma participação breve no grupo.

Tornaram-se um sucesso se apresentando no programa Jovem Guarda, em shows, festas e bailes. Renato teve composições gravadas por outros artistas, como Roberto Carlos e Leno e Lilian. O grupo era formado por Renato Barros, voz; Erasmo Carlos, substituto de Edson Barros, voz; Carlinhos, guitarra; Tony e mais tarde Gelson, bateria; Paulo César Barros, baixo; e Cid, saxofone
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THE FEVERS

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The Fevers era uma banda brasileira de rock e pop formada no Rio de Janeiro em 1964 e associada ao movimento da Jovem Guarda. Fez muito sucesso na segunda metade da década de 1960 e início da década de 1970, vindo se consagrar nos anos 1980 com as aberturas das novelas (Elas por Elas e Guerra dos Sexos, da Rede Globo). O grupo continua em plena atividade até os dias de hoje.
Histórico
Criada em 1964, a banda originalmente se chamava The Fenders e seus membros originais eram Almir (vocais), Liebert (contrabaixo), Lécio do Nascimento (bateria), Pedrinho (guitarra), Cleudir (teclados) e Jimmy Cruise (vocais). Em 1965, Jimmy saiu do grupo e os membros remanescentes decidiram mudar o nome para The Fevers, foi quando entraram mais dois componentes, Miguel Plopschi em 1968 e Luiz Claudio em 1969.
Gravaram seus primeiros discos em 1965 e 1966 pela Philips, os compactos Vamos dançar o letkiss (versão de Letkiss), Wooly Bully (de Domingo Samudio, em versão) e Não vivo na solidão. Em 1966 apareceram no filme Na Onda do Iê-Iê-Iê.
Passando para a Odeon ainda em 1966, revelaram-se um dos mais importantes grupos vocais-instrumentais da Jovem Guarda. Fizeram (muitas vezes sem créditos nos discos) o acompanhamento instrumental de gravações de Eduardo Araújo (O bom), Deny e Dino (Coruja), Erasmo Carlos (os LPs O Tremendão e Você me acende), Roberto Carlos (gravações como Eu te darei o céu e Eu estou apaixonado por você), Golden Boys, Wilson Simonal (faixas como Mamãe passou açúcar em mim), Trio Esperança (LP A festa do Bolinha), Jorge Benjor (o LP O bidu/Silêncio no Brooklin) e o primeiro LP de Paulo Sérgio.
O grupo foi eleito melhor conjunto para bailes em 1968 e lançou um LP chamado Os Reis do Baile. No ano de 1968, entra na banda o saxofonista Miguel Plopschi, em 1969 o vocalista Luís Cláudio entrou para a banda cantando os grandes sucessos em inglês; em 1975 entrou Augusto César, no ano seguinte Pedrinho sai da banda. Em 1979, com a saída de Almir, a banda convidou Michael Sullivan que dividiu o vocal com Augusto César.
Em 1982 a música Elas por Elas (Augusto César e Nelson Motta) entrou na abertura da novela da TV Globo colocando o grupo como um dos grandes vendedores de discos e de shows do país. Em 1983, outra abertura de novela: a música Guerra dos Sexos (Augusto César e Cláudio Rabello) trouxe um público mais jovem a conhecer o trabalho do grupo. O componente Miguel Plopschi se desliga da banda e assume a direção artistica da gravadora BMG nessa época.
Em 1985, entra Miguel Ângelo como tecladista da banda, Michael Sullivan sai no ano seguinte. Em 1988, Augusto César grava um disco solo e convida o talentoso vocalista e guitarrista César Lemos que permanece 3 anos no grupo. Em 1988, é a vez de Cleudir sair.
Na década de 1990, outra mudança na banda: sai César Lemos e entra o guitarrista Rama. Por problemas de saúde, sai o baterista Lécio e entra Darcy. Almir Bezerra retorna à banda depois de 12 anos. Em 1994, Darcy dá lugar ao baterista Otávio. Com essa formação, os Fevers passam a década de 1990 sem fazer muito sucesso.


Em meados de 2000, Almir sai novamente da banda e quem assume o vocal principal agora é Luis Claudio.
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SECOS E MOLHADOS

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Secos & Molhados foi uma banda brasileira, criada pelo compositor João Ricardo em 1971. Canções do folclore português, como "O Vira", misturadas com a poesia de Cassiano Ricardo, João Apolinário, Vinícius de Moraes e Fernando Pessoa, entre outros, fizeram do grupo um dos maiores fenômenos musicais do Brasil.
Índice
A formação inicial do grupo era composta por: João Ricardo (violão de doze cordas e gaita), Fred (bongô) e Antônio Carlos, ou Pitoco, como é mais conhecido.
O som completamente diferente à época, fez com que o Kurtisso Negro de propriedade de Peter Thomas, Oswaldo Spiritus e Luiz Antonio Machado no bairro do Bixiga, em São Paulo, local onde o grupo se apresentava, fosse visitado por muitas pessoas, interessadas em conhecer o grupo. Entre os “curiosos” estava a cantora e compositora Luli, com quem João Ricardo fez alguns dos maiores sucessos já gravados no Brasil ("O Vira" e "Fala").
Fred e Pitoco, em julho de 1971, resolvem seguir carreira solo e João Ricardo sai à procura de um vocalista. Por indicação de Luli, conhece Ney Matogrosso, que muda-se do Rio de Janeiro para São Paulo. Depois de alguns meses, Gerson Conrad, vizinho de João Ricardo, é incorporado ao grupo. O Secos & Molhados começa a ensaiar e depois de um ano se apresenta no teatro do Meio, do Ruth Escobar, que virou um misto de bar-restaurante chamado "Casa de Badalação e Tédio".
No dia 23 de maio de 1973, o grupo entra no estúdio "Prova" para gravar – em sessões de seis horas ao dia, por quinze dias, em quatro canais – seu primeiro disco, que vendeu mais de 300 mil cópias em apenas dois meses, atingindo um milhão de cópias em pouco tempo. Os Secos & Molhados se tornaram um dos maiores fenômenos da música popular brasileira, batendo todos os recordes de vendagens de discos e público. O disco era formado por treze canções que ao ver da crítica, parecem atuais até os dias de hoje. As canções mais executadas foram "Sangue Latino", "O Vira", e "Rosa de Hiroshima". O disco também destaca inúmeras críticas a ditadura militar que estava implantada no Brasil, em canções como o blues alternativo "Primavera nos Dentes" e o rock progressivo "Assim Assado" – esta de forma mais explícita em versos que personificam uma disputa entre socialismo e capitalismo. Até mesmo a capa do disco foi eleita pela Folha de São Paulo como a melhor de todos os tempos de discos brasileiros.
O sucesso do grupo atraiu a atenção da mídia, que convidou-os para várias participações na televisão. As mais relevantes foram os especiais do programa Fantástico, da Rede Globo. Sempre apareciam com maquiagens inusitadas, roupas diferentes sendo uma das primeiras e poucas bandas brasileiras a aderirem o glam rock.
Em fevereiro de 1974, fizeram um concerto no Maracanãzinho que bateu todos os índices de público jamais visto no Brasil - enquanto o estádio comportava 30 mil pessoas, outras 90 mil ficaram do lado de fora. Também em 1974 o grupo sai em turnê internacional, que segundo Ney Matogrosso, gerou oportunidades de criar uma carreira internacional sólida.

Em agosto do mesmo ano, é lançado o segundo disco de estúdio da banda, que tinha em destaque "Flores Astrais", único hit do disco. O lançamento do disco foi pouco antes do fim da formação clássica da banda, que ocorreu por brigas internas entre os membros. Talvez por este motivo o segundo álbum – que veio sem título, e com uma capa preta – não tenha feito tanto sucesso comercial como o primeiro.
Após o fim do grupo Secos e Molhados, os três membros seguiram em carreira solo. Ney Matogrosso lançou no ano seguinte, em 1975, seu primeiro disco com o nome de "Água do Céu-Pássaro" (recheado de experimentalismos musicais) e com o sucesso "América do Sul". João Ricardo lançou também em 1975 seu disco homônimo, mais conhecido por Pink Record. Gerson Conrad juntou-se a Zezé Motta e lançou um disco também em 1975.
João Ricardo adquiriu os direitos autorais sob o nome Secos e Molhados, após algumas brigas na justiça, e saiu a procura de novos músicos para que a banda tivesse novas formações.
A primeira formação após o fim do grupo em 1974 surgiu em maio de 1978, João Ricardo lança o terceiro disco dos Secos e Molhados com Lili Rodrigues, Wander Taffo, Gel Fernandes e João Ascensão. O terceiro disco foi lançado, e mais um sucesso do grupo – o que seria o último de reconhecimento nacional, e único fora da formação original – "Que Fim Levaram Todas as Flores?", uma das canções mais executada no Brasil naquele ano, o que trouxe o novo grupo de João Ricardo às apresentações televisivas.

No mês de Agosto de 1980, junto com os irmãos Lempé – César e Roberto – o Secos & Molhados lança o quinto disco, que não teve sucesso comercial. A quinta formação do grupo nasce no dia 30 de junho de 1987, com o enigmático Totô Braxil, em um concerto no Palace, em São Paulo. Em maio de 1988 sai o álbum "A Volta do Gato Preto", que foi o último da década. Simplesmente sozinho, em 1999, João Ricardo lança "Teatro?" mostrando definitivamente a marca do criador dos Secos e Molhados.
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CLARA NUNES

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Clara Nunes, 12 de agosto de 1942 (Cedro da Cachoeira/MG) — 02 de abril de 1983 (Rio de Janeiro/RJ), é considerada uma das maiores cantoras do Brasil.
Clara Francisca Gonçalves Pinheiro nasceu em família humilde no interior de Minas Gerais, em Cedro da Cachoeira, à época, distrito pertencente ao município de Paraopeba e depois emancipado com o nome de Caetanópolis.
Trabalhava numa fábrica de tecidos quando participou, em 1960, do concurso A Voz de Ouro ABC, vencendo a etapa mineira e ficando em terceiro lugar na final, em São Paulo. Essa vitória lhe abriu as portas da rádio e da TV na capital mineira. Neste período também se apresentava nas casas noturnas de Belo Horizonte, onde viveu até 1965 quando se mudou para a cidade do Rio de Janeiro.
Ainda em 1965 foi contratada pela gravadora Odeon – onde permaneceu por toda sua carreira – e começou a gravar o seu primeiro LP, lançado em 1966. Sob imposição da indústria começou como cantora romântica cantando boleros e sambas-canções, e seu LP de estréia “A Voz Adorável de Clara Nunes”, embora bem elaborado, resultou num grande fracasso comercial, ficando esquecido, para satisfação de sua intérprete (como a própria Clara chegou a dizer).
Gravou em 1968 o seu segundo LP “Você Passa Eu Acho Graça”, cuja faixa-título, de Ataulfo Alves e Carlos Imperial, se tornou o seu primeiro grande êxito radiofônico. Com o sucesso deste disco a cantora se liberta do estilo indesejado e se aproxima do samba que a consagraria na década seguinte.
Ganhou relevância no cenário musical brasileiro em 1971 ao lançar o LP “Clara Nunes”, primeiro dos quatro produzidos pelo radialista Adelzon Alves. A partir de então, assume estética áudio-visual de cantora essencialmente brasileira, agrega outros ritmos populares ao seu repertório e começa a fazer história, inclusive se destacando como a primeira cantora a gravar sambas-enredo.
Em 1974 com o LP “Alvorecer”, obteve grande sucesso com “Conto de Areia” (Romildo S. Bastos/Toninho Nascimento), alcançou índices recordes de vendagem, chegando a quinhentas mil cópias – feito nunca antes realizado por uma cantora no Brasil – e rompendo com o tabu de que mulher não vendia discos. Seu sucesso estimulou outras gravadoras a investir em novas cantoras de samba como Alcione e Beth Carvalho – com as quais formou a tríade chamada “ABC do Samba” – e deu visibilidade às sambistas veteranas, como Dona Ivone Lara e Clementina de Jesus. Os discos que se seguiram a transformaram na maior intérprete de samba de todos os tempos.
Em 1975 casou-se com o poeta e letrista Paulo César Pinheiro – de quem gravou diversas composições, se consagrando uma de suas principais intérpretes – e lançou o LP “Claridade” vendendo ainda mais que o anterior, e que hoje é considerado um dos álbuns mais importantes da história do samba.

Clara Nunes tem em seu acervo mais de dezoito discos de ouro. Seu LP mais vendido foi “Brasil Mestiço” de 1980, que ultrapassou a marca de 1 milhão de cópias vendidas. Por ele, a cantora foi premiada com o celebrado, e hoje extinto, Troféu Roquette Pinto.
Brilhou nos palcos em shows inesquecíveis, entre outros: “Poeta, Moça e Violão” em 1973 com Toquinho e Vinicius de Moraes; “Brasileiro Profissão Esperança”, segunda montagem em 1974, com Paulo Gracindo e direção de Bibi Ferreira que novamente a dirigiu no show “Clara Mestiça” em 1981. Em 1977 inaugurou no Rio de Janeiro o Teatro Clara Nunes, de sua propriedade. Fato até então inédito para uma cantora brasileira.
Alguns de seus grandes sucessos: Você Passa Eu Acho Graça, Ê Baiana, Misticismo da África ao Brasil, Ilu Ayê (Terra da Vida), Tristeza Pé no Chão, Conto de Areia, Menino Deus, Macunaíma, O Mar Serenou, A Deusa dos Orixás, Canto das Três Raças, Lama, As Forças da Natureza, Coração Leviano, Guerreira, Na Linha do Mar, Feira de Mangaio, Morena de Angola, Sem Companhia, Portela na Avenida, Nação, Serrinha, Ijexá (Filhos de Gandhi), entre outros.
Morreu na Clínica São Vicente no Rio de Janeiro, na madrugada do dia 02 de abril de 1983, aos 40 anos de idade, depois de 28 dias em agonia. Internara-se para uma aparentemente simples operação de varizes. Mas complicações resultaram no choque anafilático que a levou a óbito. Para muitos, e durante muitos anos, isso foi atribuído a erro médico.
Seu corpo foi velado na quadra da Escola de Samba Portela – uma de suas paixões – e sepultado no Cemitério São João Batista, em meio a muita emoção de fãs, artistas e parentes.
Sua morte, ainda hoje, é cercada de algum mistério.
Sua obra foi editada em CD em 1997 e reeditada em 2004, permanecendo catalogada.

Sempre lembrada com muito carinho, atualmente Clara Nunes é uma das quatro principais escolas a influenciar novas vozes na cena musical brasileira.


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