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CAPITAL INICIAL

22 de julho de 2016 | 0 comentários

A banda: Nossa estrada é o Rock’n Roll
Brasília é a cena, 1982 é ano. Os irmãos Fê Lemos na batera e Flávio Lemos no baixo plantavam a semente inicial da banda. Dinho assumiria os vocais em 83, e em junho deste ano o Capital dava seus primeiros passos, sem volta, rumo ao espaço reservado àqueles que vivem pelo Rock.
O Capital conquistava cada vez mais os palcos undergrounds do Brasil. No sul e no sudeste todos começam a conhecer os três roqueiros de Brasília.
Com o reconhecimento e o sucesso crescentes, em 1984 a banda assina seu primeiro contrato e se mudam para São Paulo no inicio de 1985, para lançar seu primeiro registro em vinil, o compacto duplo “Descendo o Rio Nilo/Leve Desespero”.
A estrada segue, ela é a casa dos seus passageiros.
Os hits e músicas explodem, e se consolidam. Surgem novos clássicos.
Em seu caminho a banda é assume novas formações. Pessoas passam, outras ficam, outras retornam.
Yves Passarel se junta ao grupo em 2002, assumindo a guitarra neste novo trecho da atual estrada do Capital.
E vida longa ao bom Rock’n Roll!
Fernando Ouro Preto, o vocalista Dinho, nasceu Curitiba, 27 de abril de 1964.
Após experimentar o papel de baixista da banda “dado e o reino animal”, em 1983 Dinho entra para os vocais do Capital Inicial. Em 1993, Dinho se afasta do Capital e lança seus dois primeiros álbuns em carreira solo: Vertigo, em 1994, e Dinho Ouro Preto, em 1995. Mas em 98 Dinho já está de volta, e a banda segue sua estrada.
O grande susto
Em 31 de outubro de 2009 Dinho cai de um palco, a cerca de 3 metros e sofre um traumatismo craniano leve. Na manhã de 1 de novembro Dinho é internado na unidade de terapia intensiva do hospital Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, e após cinco dias de internação, tem que voltar para a UTI  por causa de uma infecção.
A volta por cima começa no dia 30 de dezembro. Dinho saiu do hospital, depois de quase um mês internado. Logo depois a banda se encontra em estúdio para a gravação de seu novo álbum, Das Kapital.
LEIA ABAIXO TEXTO COMPLETO AUTORAL DO DINHO SOBRE SUA CARREIRA

Olá, eu sou Dinho Ouro Preto e meu nome “de verdade” é Fernando, mas desde que me conheço por gente sou chamado de Dinho. Nasci em Curitiba no dia 27 de Abril de 1964 (arrghh, eu odeio essa data, acho que na real não gosto de ficar mais velho…) e sou o vocalista do Capital.
O rock entrou na minha vida quando eu tinha uns 12 anos. Andando pelas ruas da SQS 104 (isso é um endereço em Brasília!) eu conheci o Bi e o Herbert. Os Paralamas ainda não existiam, mas eles já eram amigos. Os dois eram um pouco mais velhos do que eu e meus melhores amigos eram o Pedro, irmão do Bi, e o Dado Villalobos.
Sendo mais velhos, o Bi e o Herbert , ficavam mostrando pra gente o som que eles gostavam. Basicamente Led Zeppelin e Jimi Hendrix. Aliás, o primeiro disco que comprei na minha vida foi um ao vivo do Hendrix tocando Sunshine of your love. Aos poucos fui descobrindo outras bandas bacanas, AC/DC, Queen, Thin Lizzy, Black Sabbath, Aerosmith e um milhões de outras. Aos treze anos o rock já era a coisa mais importante da minha vida. As paredes do meu quarto eram cobertas de fotos e posters dos meus heróis. Eu ia ver qualquer coisa que tivesse a ver com guitarra, baixo e bateria. Várias vezes íamos a shows só pra ver uma guitarra ou um baixo.
Eu lembro, por exemplo, a primeira vez que vi uma guitarra Gibson….foi uma experiência transformadora. Também lembro do dia em que o Herbert ganhou a primeira Gibson dele; nem era um dos modelos mais conhecidos – acho que era uma L6S -, mas, mesmo assim, nos reunimos em volta dela como se fosse a coisa mais preciosa que havíamos visto até então.
Logo depois minha família resolveu morar uns anos fora do Brasil. Fui parar em Genebra e ali eu pude pela primeira vez ver shows. Vi Peter Gabriel, Rory Gallagher, Status Quo e mais um monte de outras bandas.
Genebra é uma cidade pequena e pra ver shows de bandas maiores a gente tinha que ir pra outras cidades. O problema era convencer meus pais a nos deixar viajar sozinhos pra assistir um show. Aliás era inútil, pois eles nunca deixavam. A solução que eu e meu irmão encontramos foi simplesmente fugir e tentar voltar antes que eles percebessem. Por incrível que pareça, dava certo.
Uma vez escapamos depois deles dormirem e fomos até Zurique de trem ver o Rush. Chegando lá descobrimos que o show tinha sido cancelado. A história que contaram pra dois moleques brasileiros não nos convenceu: Disseram que o guitarrista tinha quebrado a mão. Tá bom, conta outra… a gente achou que era frescura de rock star, não que não continuássemos a amar o Rush, mas ouvíamos as histórias dos excessos desses caras. O gozado é que, vinte anos depois, eu vou até Boston entrevistar o trio antes da vinda deles ao Brasil. Fico lá duas horas conversando com eles, e, no final, tomo coragem e conta a história pra eles e pergunto se era verdade. Depois de passar o espanto, disseram que sim, que o Alex Lifeson tinha quebrado o dedo numa porta. Sem pensar duas vezes e com a maior cara de pau pedi meu dinheiro de volta. Eu tava de sacanagem, mas eles chegaram a levantar e procurar dinheiro no bolso.
Alguns anos mais tarde, volto à terrinha. Logo chegando vou procurar meus velhos amigos. Lá estavam todos, e, assim como pra mim, o rock já era o centro da vida deles também. O Bi e o Herbert já tinham oficialmente começado os Paralamas. Algumas das primeiras canções chegaram a ser gravadas anos mais tarde como ‘Vovó Ondina é Gente Fina’.
Foi então que aconteceu algo que deu um novo e inesperado rumo às nossas vidas.
Um dia à tarde nos demos de cara com o Aborto Elétrico tocando na rua. O visual deles era demais: cabelos descoloridos, alfinetes e calças rasgadas mas, ao menos eu, achei o som horrível. Eu vinha da escola de Hard Rock ou Metal e não conseguia entender Punk Rock. Aliás acho que de toda a turma, eu fui o último a ser convencido que era bacana.
Uma vez, no Rio, numa loja de discos (fazíamos longas viagens pelo país nas férias, várias vezes pedindo carona na estrada) eu e o Fê ficamos discutindo durante horas sobre qual disco era melhor: Back in Black (AC DC) ou o End of The Century (Ramones). Até hoje não chegamos a um acordo. Ironicamente foram os Ramones que abriram as portas do “novo som” pra mim.
À partir dali tudo mudou e ficou mais sério. Quer dizer, adorávamos fazer zona pela cidade, mas todo mundo levou a sério a frase punk “faça você mesmo”. Todos queriam tocar. Comecei então a prestar mais atenção no que o Renato escrevia. Na medida que ia conhecendo melhor fui me dando conta da importância, ao menos pra mim, do que eu tava testemunhando. O Renato era um sujeito à parte, uma espécie de guru, o líder da turma. Mas essa é outra história a ser contada em detalhes mais tarde.
Eu e o Dado queríamos tocar de qualquer jeito, mesmo sem jamais termos posto a mão num instrumento. E então eis que surge o ‘Dado e o Reino Animal’ (esse nome lindo saiu da cabeça do Herbert). Eu “tocava” baixo, o Dado guitarra, o Loro outra guitarra, o Bonfá bateria e um cara chamado Pedro tocava teclado. Pra resumir fizemos só um show, no qual o cabo do meu baixo se soltou e eu não percebi de tão bêbado que eu tava. Enfim, o show foi um desastre.
Também resumindo uma longa história por volta da mesma época, acaba o Aborto Elétrico. O Renato monta a Legião com o Dado e o Bonfá. O Fê, Loro e Flávio montam o Capital. No começo chamaram uma menina, que não era da turma, chamada Heloísa pra cantar. Não dura muito… como eu disse, ela não era da turma. Delito grave. Então eis que surge a oportunidade da minha vida: o Capital estava fazendo um teste pra encontrar um novo vocalista.
E lá vamos nós, eu e a Helena nos submeter ao julgamento do irmãos Lemos e o Loro. Eu, na minha ingenuidade, achei que fosse ter fila na porta, mas na real só apareceu nós dois. Eu nunca tinha segurado um microfone na vida, quanto mais cantado, mas ninguém parecia achar que isso era um problema. A música a ser cantada era Psicopata (a única música gravada do Capital antes da minha entrada) e a Helena deve ter feito uma interpretação horrível, porque eu acabei sendo escolhido.
E pronto, desse dia em diante minha vida nunca mais foi a mesma. Um mês depois dei meu primeiro show e dois meses depois tocamos pela primeira vez fora de Brasília.
Desses shows em diante não paramos mais até nos separamos em 93. Nos reunimos em 98 e mais de mil shows depois continuamos aqui.
Essa é, logicamente, uma versão muito resumida. Um dia conto tudo pra vocês!
Antônio Felipe Villar de Lemos, o Fê Lemos, nasceu no Rio de Janeiro em 18 de junho de 1962, e aos 10 descobriu seu gosto pela música. Muito fã dos Beatles, aos 13 anos começou a tocar bateria. Aos 14, começou a estudar música na Escola de Música de Brasília, e lá começou a tocar com Péricles Cavalcante.
Fê passou um tempo na Inglaterra, estudando bateria até 1978, quando voltou ao Brasil, conheceu Renato Russo e, juntos, criaram o Aborto Elétrico.
Hoje, sua principal influência é a música eletrônica e acredita que isso reflita no seu som atual. Espera um dia poder dar continuidade aos seus projetos nesse segmento.
Além disso, é pai de dois filhos, Diana e Tomaz, e pratica windsurf, natação e tênis. Trinta anos depois voltou às aulas de música e, atualmente, estuda piano, canto e teoria musical. E bateria, sempre!

Baixista da banda, Flávio Miguel Vilar de Lemos nasceu no dia 29 de outubro de 1963, em Santa Tereza, Rio de Janeiro, e aos 4 anos, foi morar em Brasília com a família. Uma infância perfeita com a Turma da Colina, e desde pequeno a música estava dentro de casa. Sua mãe, Lúcia, sempre teve uma bela voz e o incentivou a aprender piano, já aos 8 anos.
Quando acompanhou os pais em uma temporada de um ano na Inglaterra, Flávio conheceu o punk rock, The Clash, Ramones, Sex Pistols, 999 e tantas outras bandas. Isso foi decisivo para sua formação musical, se tornando sua principal influência.
No Aborto elétrico, Renato Russo e ele formaram uma boa dupla, compondo grandes músicas como ‘Fátima’, ‘Música Urbana’, ‘Veraneio Vascaína’, ‘Verde Amarelo’ e ‘Baader Meinhof Blues’.
Casado, Flávio mora em São Paulo e férias com a família é sagrado. Adora esquiar com os seus  três filhos e está certo de que estar com eles no topo do mundo é um dos grandes momentos da sua vida.
Guitarrista da banda, Yves nasceu no dia 8 de fevereiro de 1969, em São Paulo, e começou a tocar incentivado por sua mãe pianista.
Aos 14 anos já tocava em festivais de escola, e ao lado do irmão, Pit Passarell, fundou o Viper, banda de heavy metal que durou até 1999.
Considerado um dos grandes guitarristas de rock do cenário musical brasileiro, Yves, foi convidado no final de 2001 para ser o novo guitarrista do Capital, e desde então já gravou quatro álbuns: Rosas e Vinho Tinto, Gigante, Aborto Elétrico e Eu Nunca Disse Adeus.


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